O que é liberdade? Você é realmente livre?

Debate ocorrido em 17AGO2016 com a participação dos Pastores Vicente Gomes, Eli Alves de Souza, Walter Miranda e Adílson Henrique, e mediação do Pr. Eliel do Carmo. Tema do debate: “O que é liberdade? Você é realmente livre?"

O Pr. Eliel do Carmo iniciou o debate ressaltando que a sociedade, atualmente, está vivenciando um relativismo de liberdade.

O Pr.Eli Alves de Souza ressaltou que muitos confundem liberdade com libertinagem. Ter liberdade não é fazer tudo, pois somos alicerçados pela Lei. A essência da liberdade é saber o que convém e aquilo que não convém, conforme dito pelo Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 6,12: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma."

Deus nos deu o livre arbítrio (capacidade de tomarmos decisões por conta própria), mas precisamos saber o que é certo e o que é errado. Infelizmente, nem sempre acertamos em nossas escolhas. Liberdade é a faculdade de praticarmos tudo aquilo que não é proibido por Lei. Alguém que exerce libertinagem é alguém devasso, dissoluto, licencioso (que abusa da liberdade), ímpio, insubordinado e que não é submisso. Liberdade espiritual é vivermos de acordo com os preceitos de Deus.

Desde a criação, Deus sempre nos deu uma liberdade plena. Em Gênesis, o homem foi criado livre, mas foi trazido ao equilíbrio e à obediência, por meio da árvore da vida. Deus já permitia que Adão e Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito: "E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente," (Gênesis 2:16). Com exceção de UMA, a do conhecimento do bem e do mal. Isso implica que eles já podiam comer o fruto da árvore da vida sem aguardar autorização posterior. Era o fruto literal da árvore da vida que garantia a vida eterna.

No entanto, escolheram mal e, consequentemente, praticaram o pecado da desobediência. Nesse contexto, é importante ressaltar que Deus não nos tira o direito de escolha, mas, sempre, nos corrigirá por meio do ensino. É o ensino que nos leva ao amdurecimento. A proibição parece que aguça a nossa curiosidade em testar aquilo que não é lícito. Posso fazer todas as coisas, mas nem todas me convém. A opção sempre será nossa, mas Deus, por meio de sua palavra, nos ensina o verdadeiro caminho a seguir.

O Pr.Vicente Gomes enfatizou que Adão tinha o privilégio de tratar as coisas diretamente com Deus. Por conta de uma sugestão de Eva, ele transgrediu, atingindo toda a humanidade que ainda viria, pois o seu pecado permitiu que a autoridade dada por Deus fosse transferida para satanás. Esse foi o resultado do excesso de liberdade. No entanto, Deus foi tão misericordioso que enviou o sue único filho, Jesus Cristo, para morrer por cada de um de nós na cruz do Calvário e, assim, nos remir de todo o pecado. Fomos livres do pecado, mas será que sabemos ainda se comportar diante da liberdade imposta por Deus, procurando se afastar de tudo que não é lícito diante dos olhos de Deus?

O que presenciamos hoje, ainda, é a busca do proibido. Recentemente, num programa de televisão, foi mostrada uma "pegadinha", onde era mostrado um cartaz com o seguinte dizer: "Não olhe". Mas, as pessoas que passavam por aquele local eram provocadas a olhar e acabavam recebendo uma torta no rosto.

Em João 8, 36: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres". Mesmo sendo livres, precisamos impor limites em nossas atitudes, da mesma forma que a sociedade nos impõe.

Em Romanos 8, 12 a 14: "De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus." Como servos de Deus, precisamos impor limites. Se temos o desejo de pecar e não pecamos, somos abençoados por Deus. Certamente, o Espírito Santo de Deus habita sobre nós. Infelizmente, o mundo jaz do maligno. Vivemos no mundo, mas não somos do mundo!.

O Pr.Adílson Henrique disse que a liberdade é um dos atributos mais apreciados pelo ser humano. No Artigo 5 da Constituição é dito: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade....". No item II do referido Artigo é dito que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Ao longo da história, temos vários exemplos de manifestações e de muito sangue derramado em busca da liberdade. O mundo está confrontando a todo tempo essa questão. Até mesmo dentro de casa, somos confrontados com a nossa liberdade em fazer somente aquilo que queremos. Muitas das vezes, somos obrigados a abrir mão de nossas liberdade em prol de nossas esposas e filhos.

Precisamos entender que a verdadeira liberdade só pode ser experimentada pelo derramamento do sangue de um único homem, Jesus Cristo, que nos libertou de todo o pecado e condenação. Em João 8, 31 a 32: "Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.". Jesus nos libertou! A verdade é o próprio Senhor. É Ele que tira as nossas escamas, toda a podridão e abre os nossos olhos espirituais para que reconhecermos que viver em Cristo é termos uma liberdade plena, afastando-nos de tudo aquilo que nos causa dor e sofrimento e rouba nossa paz, alegria, vontade de viver, dentre outros.

Em João 8, 36: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." Jesus necessita estar no centro de nossas vidas. Mas, para isso, precisamos fugir dos extremos. A nossa liberdade depende de aceitarmos a vontade de Cristo sobre as nossas vidas. Ele já nos libertou, mas precisamos aceitá-lo. É uma questão de escolha de cada um de nós! Não podemos ficar questionando, dizendo: Por que não posso fazer? Faça a vontade de Deus e não a do mundo que te chama para a prática daquilo que não está na direção de Deus.

O Pr. Walter Miranda deixou bastante claro que na liberdade há implicitamente a questão da proibição, que vem acompanhada coercitivamente, pois ninguém tem total liberdade. No Jardim do Éden havia liberdade, mas com limites. Além disso, nem sempre temos o livre arbítrio, pois não podemos fazer todas as coisas, em virtude das leis, mesmo que sejam imorais ou injustas. Por esse motivo, não vivemos a liberdade que gostaríamos de viver. Na verdade, teremos uma ampla liberdade, a partir do momento que passamos a conhecer mais intimamente a Deus.

O Pr. Eli Alves de Souza ressaltou Filipenses 4,13: "Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.". Essa palavra não é uma revelação de permissividade, de modo a vivermos de qualquer maneira. Mas, sim, uma mensagem de encorajamento, a fim de sairmos do ostracismo, lançando fora todo o desânimo, visto que Cristo nos fortalece para nos mantermos de pé e enfrentarmos as adversidades.

Há necessidade de termos discernimento para dizer não ao pecado. Em 2 Pedro 2,19 a 22: "Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.
Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.
Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;
Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.
"

Na maioria das vezes, interpretamos de modo errôneo a questão da verdadeira liberdade. Somos livres para tomar decisões, ter atitudes e se comportar da forma que queremos. No entanto, é importante que fique bem claro que, quando nos drogamos, não somos livres, mas, sim, escravos do vício. Podemos ser escravos da prostituição, da corrupção, dentre outros. Essas atitudes nos aprisionam e retiram totalmente a nossa liberdade.

O Senhor nos dá o equilíbrio necessário para não sermos contaminados por essas questões, impondo-nos certos limites e princípios. No entanto, na Bíblia não há a palavra "proibição". No Éden, a escolha foi dada à Adão e Eva, bem como Deus estabeleceu alguns limites. Se não quero respeitar os limites impostos, preciso reconhecer que a responsabilidade é totalmente nossa. Nós somos livres para fazer as nossas escolhas e ultrapassar os limites.

Mas, não quer dizer que Deus aprova o nosso comportamento. Somos livres para dizer não ao pecado, a tudo aquilo que nos afasta de Deus. Somos livres para se desvencilhar disso tudo. A liberdade nos ensina a respeitar os limites. Infelizmente, as pessoas tem buscado os tropeços, as más atitudes, dentre outras atitudes nocivas que acabam corroendo as suas vidas. Liberdade não pode ser confundida com rebeldia, falta de parâmetros e princípios. Precisamos ter o discernimento daquilo que devo e o que não devo fazer.

A mesma palavra que liberta é a mesma que aprisiona?

O Pr.Vicente Gomes Tolentino disse que Adão tinha toda a liberdade no Jardim do Éden. Ele poderia comer de qualquer fruto, exceto aquele outro da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ele transgrediu e desobedeceu à ordenança de Deus. Hoje, estamos vivendo um século difícil de desobediência e muito pecado.

David tinha, também, total liberdade para tomar atitudes. No entanto, se envolveu com Betseba, mulher casada com um dos seus melhores e mais fiéis gerreiros, praticando, desta forma, o pecado de adultério.  Mas o arrependimento e a confissão de Davi foram diferentes. Davi não ofereceu desculpas. Ele não perguntou sobre as conseqüências. Ele se entregou nas mãos do Deus justo, e simplesmente confessou a culpa do pecado cometido: “Pequei contra o Senhor” (2 Samuel 12:13). O Salmo 51 mostra a profundidade do remorso de Davi. Ele assumiu plena responsabilidade pelo pecado, e pediu a ajuda de Deus para renovar seu coração. É este arrependimento que Deus quer. O pecador que volta para Deus precisa reconhecer seu pecado, e não retornar fingidamente (Jeremias 3:10,13). No entanto, alertado pelo Profeta Natã, mostrou a ele que teria que arcar com muitas consequências desse pecado praticado. Mas, mesmo diante das aflições e dificuldades não se esquecia de Deus.

Hoje, há muitos líderes oferecendo uma liberdade descontrolada, fora dos princípios cristãos. Quando Jesus entra na vida de uma pessoa ocorre uma libertação verdadeira. Precisamos andar com Cristo, crescer espiritualmente e buscar a santificação, a fim de que não sejamos aprisionados pelo pecado.

Um ouvinte disse que ter liberdade é fazer as coisas sem peso na consciência. No entanto, foi questionado por um outro ouvinte, dizendo que muitos estão com a consciência cauterizada, fazendo coisas erradas achando que está certo. Isso acaba sendo um legalismo.

O Pr.Adílson Henrique ressaltou que o homem faz da liberdade um pensamento. Somos livres para fazer as escolhas, mas somos prisioneiros das consequências. Em Gálatas 5, 1: "Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão." Tem gente que está vivendo um jugo e não se liberta, pois está presa aos seus próprios pensamentos ou influenciada por outros considerados maléficos para a sua vida. Não haverá religião, Igreja ou Pastor capazes de libertá-la, enquanto estiver presa aos seus próprios pensamentos. Adão pensava que era livre, mas quando erra perde totalmente a sua liberdade. A verdadeira liberdade, no sentido geral, vai nos confrontar e nem sempre a aceitamos. A verdadeira liberdade está pautada nos ensinamentos contidos na Palavra de Deus.

O Pr.Walter Miranda enfatizou que liberdade é viver entre o certo e o errado, mas tendo Cristo na consciência, a fim de ter discernimento necessário para evitar a falsa liberdade. Ressaltou, também, Hebreus 3, que fala da Igreja de Cristo e dos ensinamentos de Deus. A Igreja que é a casa de Deus, não podemos fazer aquilo que queremos fazer. Quando aceitamos a Cristo somos confrontados pelo Espírito Santo de Deus. O consolador nos guiará em toda a verdade. Em João 16, 7 a 8: "Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo."

Muitos dizem que os cristãos não possuem uma liberdade plena. Precisamos entender que o crente possui uma liberdade consciente e saudável, que o afasta do pecado. A Igreja vive com a mente de Jesus Cristo. Não podemos ferir os princípios de Deus. Por exemplo, a questão do homossexualismo e lesbianismo, que fere os ensinamentos divinos em relação à questão da família. Para tal, Deus criou o homem e a mulher. O crente tem total liberdade espiritual. Pode fazer todas as coisas, mas o Espírito Santo de Deus, o consolador, nos guia para que não venhamos a praticar atos contrários à vontade de Deus, pois nem tudo nos convém fazer.

O Pr. Eli Alves de Souza disse que a Bíblia não é um livro de proibição, mas de ensinamento. Nem com o tropeço no Jardim do Éden, Deus tirou a liberdade de Adão. Podemos fazer coisas erradas, mas temos que arcar com as consequências. O crente não pode pecar, mesmo sabendo que está sujeito ao pecado. Precisamos, também, ter cuidado com os pecados que geralmente não damos importância, praticados pelos caluniadores e pessoas maledicentes. A Bíblia enfatiza que essas pessoas, també, não entrarão no reino dos céus. Quem é de Deus não vive pecando.

O pecado gera tristeza e nos torna escravos. Em 2 Pedro 2, 22: Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.". Jamais podemos retroceder. As más escolhas fazem as pessoas voltarem a sua condição anterior de uma vida miserável.

Lembrem-se da passagem bíblica do filho pródigo, em Lucas 15. Aquele filho largou tudo que tinha na casa de seu pai, procurando viver de acordo com o seu pensamento. Se não queremos ser confrontados pelos ensinamentos cristãos, não precisamos da Bíblia. Não podemos nortear a nossa vida de acordo com as nossas vontades. Assim, não dependemos de Deus, pois estabelecemos o nosso próprio padrão ético. "Não pague para ver". Deus dá o discernimento para fazermos o que convém e o que não convém. Somos realmente livres? quem domina a nossa vida? é o Espírito Santo de Deus? os desejos carnais? o vício a procrastinação? caso sim, não somos livres, mesmo exercendo um cargo de liderança dentro da igreja. Precisamos ter um compromisso verdadeiro com Deus.

Quem vive no erro, não é livre, mas escravo do erro.

Conclusão:

1) A essência da liberdade é saber o que convém e aquilo que não convém, conforme dito pelo Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 6,12;

2) Deus nos deu o livre arbítrio, mas precisamos saber o que é certo e o que é errado. Infelizmente, nem sempre acertamos em nossas escolhas. Liberdade é a faculdade de praticarmos tudo aquilo que não é proibido por Lei. Liberdade espiritual é vivermos de acordo com os preceitos de Deus;

3) Precisamos entender que a verdadeira liberdade só pode ser experimentada pelo derramamento do sangue de um único homem, Jesus Cristo, que nos libertou de todo o pecado e condenação;

4) A nossa liberdade depende de aceitarmos a vontade de Cristo sobre as nossas vidas. Ele já nos libertou, mas precisamos aceitá-lo. É uma questão de escolha de cada um de nós;

5) Precisamos aceitar a sermos confrontados, a fim de amadurecermos espiritualmente e sabermos discernir o certo e o errado;

6) Precisamos andar com Cristo, crescer espiritualmente e buscar a santificação, a fim de que não sejamos aprisionados pelo pecado;

7) Somos livres para fazer as escolhas, mas somos prisioneiros das consequências, assim como ocorreu com o rei David. O reconhecimento e o arrependimento do pecado não impede de sermos atraídos pelas más consequências;

8) Quando aceitamos a Cristo somos confrontados pelo Espírito Santo de Deus. O consolador nos guiará em toda a verdade. A nossa vontade jamais pode prevalecer;

9) As más escolhas fazem as pessoas voltarem a sua condição anterior de uma vida miserável, conforme ocorreu com o filho pródigo (Lucas 15);

10) Não podemos nortear a nossa vida de acordo com as nossas vontades. Assim, não dependemos de Deus, pois estabelecemos o nosso próprio padrão ético; e

11) Quem vive no erro, não é livre, mas escravo do erro.

IADJAN, a igreja que ama você!

 

 

 

 

 

 

 


 
 

 

 

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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