A Importância da Mulher na Sociedade
 

Por Marcelo Gameleira Corrêa

INTRODUÇÃO

A luta pelo voto, a ampliação da participação feminina no mercado de trabalho e a atuação crescente na vida pública são as principais conquistas que devem ser comemoradas pelas mulheres no Dia Internacional da Mulher.

Se voltarmos ao tempo, em meados do Século XX, perceberemos que começou a surgir um movimento muito forte das mulheres na tentativa de buscar direitos iguais aos dos homens. Naquele tempo, a mulher não podia votar, não tinham direito ao divórcio e nem entrar para a faculdade. Além disso, não existia mulher no mundo que ocupasse grandes postos na vida pública ou privada, bem como não podia exercer quaisquer tipos de função polítca.

No entanto, após a 1ª Guerra Mundial (1GM), o movimento das mulheres ganhou força, principalmente em função do voto feminino, visto que suprindo as fábricas de munições e produtos químicos e que seus filhos, irmãos e namorados ou maridos estavam morrendo no front, e ainda assim elas não possuíam o direito a votar por guerra ou paz.

Somente a partir de 1919, o voto foi concedido para as mulheres da Alemanha, da Suécia e da Polônia, e no ano seguinte as mulheres americanas receberam permissão para votar em uma eleição presidencial. Para a maioria ou para todas as mulheres da Grã-Bretanha, da França e de diversas outras democracias consolidas, o direito ao voto ainda não tinha sido obtido, mas a guerra havia fortalecido essa campanha.

Após receber estímulo na Nova Zelândia (1893) e Austrália (1902), o apoio ao direito ao voto para todas as mulheres varreu o mundo. Porém, a esperança que elas alcançassem altos postos e cargos acontecia muito lentamente, uma vez que, após o casamento, a prioridade eram os assuntos caseiros e familiares. Fruto dessa situação e baseado em sua própria experiência pessoal, uma americana escreveu um livro no estilo auto-ajuda, no qual incentivava as mulheres casadas a terem uma carreira. A autora captou a crescente disposição no ânimo das pessoas e fez tal disposição crescer rapidamente.

Outro evento marcante para as mulheres foi a invenção da pílula. Os debates públicos sobre sexo passaram por mudanças, mas uma coisa era certa: popularizar o uso da pílula como forma de evitar a gravidez foi considerado um perigoso incentivo à imoralidade, principalmente entre os mais jovens. Por isso, houve demora na licença para a venda do medicamento, bem como a restrição na prescrição, inicialmente, somente para mulheres casadas e maduras.

As mudanças nas atitudes sociais, motivadas pela pílula, com relação ao casamento, divórcio e papel da mulher foram grandes, mas lentas em países com tradição católica. Como resultado da Pilla e dessas mudanças de atitude, a Europa viu sua taxa de natalidade cair e o continente tornar-se um lugar de pessoas idosas e de meia-idade.

Embora o mundo branco acreditasse estar na vanguarda dos assuntos progressistas, como o movimento feminista, foi na Índia que as mulheres conquistaram o prêmio mais cobiçado quando Indira Gandhi foi eleita primeira-ministra do país (1966).

No Brasil, em 1934 foi consolidado o Código Eleitoral, que reformava outro marco na luta pelos direitos das mulheres. Ele retirava as exigências do Código Eleitoral Provisório de 1932, que passou a permitir o voto feminino com a imposição de que só as casadas com o aval do marido ou as viúvas e solteiras com renda própria teriam permissão para exercer o direito de votar e serem votadas. O Código de 34 retirou essas determinações e deixou como única restrição a obrigatoriedade do voto, só prevista para os homens. Apenas em 1946 o voto feminino passou a ser obrigatório também para as mulheres.

A luta por igualdade dos direitos e de tratamento, no entanto, é bem anterior e remete diretamente ao Dia Internacional da Mulher. A data lembra uma greve ocorrida numa fábrica de tecidos no dia 8 de março de 1857, em Nova Iorque, conduzida por operárias. Suas principais reivindicações eram a redução da jornada de trabalho para dez horas, equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem para a execução de um mesmo serviço) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi brutalmente reprimida pela polícia. As operárias tentaram se refugiar na fábrica. A polícia acabou por trancar as portas da fábrica, que foi incendiada, matando as 129 mulheres que lá estavam. Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado o Dia Internacional da Mulher em homenagem às operárias de Nova Iorque. No entanto, somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).


Portanto, o Dia Internacional da Mulher está diretamente ligado a essa luta em busca da igualdade de direitos entre os sexos. São muitas as frentes desta batalha. Vale lembrar, por exemplo, que as mulheres só passaram a ter direito de frequentar o ensino superior no Brasil a partir de 1879 e, mesmo assim, as primeiras que o fizeram foram bastante criticadas. Trata-se, assim, de um embate por conquistar direitos, fazê-los valer e impor-se contra práticas e preconceitos arraigados.


PAPEL DA MULHER NOS DIAS ATUAIS

Conquistas atuais: Lei Maria da Penha, posições em altos cargos políticos, tais como: Benedita da Silva, ex empregada doméstica, eleita como Senadora, juntamente com a Sra. Marina Silva e a própria atual Presidenta Dilma Roussef, eleita em 2010, como a primeira mulher a assumir o referido cargo.

O segundo eixo importante na ampliação do papel feminino na sociedade é a sua participação na família, deixando para trás a imagem restrita de mãe e companheira.A mulher adquire cada vez mais uma liderança no lar, não como representante da mãe e esposa, mas é a trabalhadora”. Esse processo de evolução permitiu à mulher superar a imagem divulgada no século 20 pelo fascismo de mulher reprodutora. A mulher continua sendo mãe e esposa, mas passa a ser ela mesma, ou seja, ela passa a ter uma identidade.

A observação é que existe uma “coisificação” evidente da mulher, sobretudo nessas datas festivas, “onde aparece como grande produto nas prateleiras dos meios de comunicação. A mulher é consumida nos meios de comunicação como uma espécie de commoditie (produtos minerais e agrícolas comercializados no mercado internacional), como soja. Se consome no olhar. Não é um consumo só objetivo, físico. É um consumo do voyerismo, que atinge diversas camadas da sociedade brasileira e mundial”.


PAPEL DA MULHER NA ÉPOCA DA PRÉ-HISTÓRIA

Na época das cavernas, na pré-história, enquanto os homens saíam para caçar eram justamente as mulheres que permaneciam dentro de suas cavernas, cuidando de seus filhos e do seu lar, e, principalmente, intercedendo para que seus maridos conseguissem uma boa caça. Nos dias atuais, tem ocorrido algo parecido, pois os homens continuam saindo para caçar diariamente, em busca do sustento familiar, no entanto são elas que permanecem dentro de seus lares, intercedendo em oração por eles. São elas que se colocam como ajudadoras a todo tempo, são elas que absorvem todo o stresse dos homens, após um dia de caça, são que com carinho e amor lançam fora toda a agonia, a decepção, cansaço e tristeza, nos momentos mais difíceis de um homem.

PAPEL BÍBLICO DO HOMEM E MULHER

O sucesso do relacionamento familiar e a durabilidade do casamento também dependem do modo como o marido e a esposa desempenham seus papéis conjugais e sociais. Tanto na sociedade como na família, exercemos funções importantes: a de marido ou esposa, a de pai ou mãe, a de filho ou filha, a de irmão, a de provedor, a de educador, a de amigo, a de patrão ou empregado, a de pastor ou ovelha, a de aluno ou professor etc., e precisamos exercê-las com sabedoria e excelência.

De um modo geral, podemos afirmar que o homem é mais lógico e racional do que a mulher. O papel social dele (PAPEL DO HOMEM), designado por Deus em Gênesis 2.15 (“E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar”), é proteger, prover e liderar a família. Você tem guardado o seu jardim, sua família, sua esposa, seus filhos?

E quanto ao papel da mulher? Biblicamente falando, compete à mulher ser adjutora, ou seja, auxiliar do marido na missão de proteger, prover e liderar a família. Deus delegou à mulher uma função de extrema importância na família. A mulher foi criada com intuição e sensibilidade mais aguçadas que as do homem, para equilibrar os relacionamentos familiares, agindo como uma sábia mediadora, trazendo harmonia ao lar. Por isso, em Provérbios 14.1, é dito que toda mulher sábia edifica a sua casa.

Podemos afirmar, então, que a mulher é quem edifica a casa, mas compete ao homem fornecer proteção e o material para sua edificação. A mulher não pode construir a partir do nada. O provedor tem de desempenhar bem seu papel. Como líder, ele tem de dispor tudo o que for preciso para a esposa edificar a família, evitando que a esposa se sobrecarregue com todo o trabalho.

Tanto na educação dos filhos como no relacionamento conjugal e nas tarefas domésticas, a mulher edifica a casa, mas é o esposo que provê os meios necessários, cooperando com ela.

Embora a mídia secular dissemine o discurso de que os papéis tradicionais do homem e da mulher no casamento não sejam mais viáveis, hoje, numa sociedade em que a mulher ascendeu profissionalmente e que as famílias não têm mais a mesma estrutura nuclear devido a divórcios e novos casamentos ou “produções independentes”, devemos continuar enxergando os papéis do marido e da mulher à luz da Palavra de Deus, a fim de que os vínculos afetivos que ligam o casal sejam saudáveis e redundem em bênçãos para os cônjuges, para seus descendentes, para a Igreja e para a sociedade como um todo.



 

 

 

 

 

 

 

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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