Arrependimento e conversão: você tem visto essas atitudes nos dias de hoje?

Por Pastor Adilson Henrique

Debate ocorrido em 29OUT2015 com a participação dos Pastores Adílson Henrique, Teodomiro José de Freitas, Roberto Inácio e Aílton Siqueira, e mediação do Pr. Eliel do Carmo. Tema do debate: "Arrependimento e conversão: você tem visto essas atitudes nos dias de hoje?

O Pr. Teodomiro disse que a mensagem pregada por João Batista, no deserto da Judéia, era: “Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo. Porque este é aquele que foi anunciado pelo profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitais as suas veredas” (Mateus 3, 1 a 3).


Em Mateus 4,17: “Desde então começou Jesus a pregar: "Arrependei-vos, porque o reino dos céus está próximo”. As mensagens de Jesus sempre foram de arrependimento e conversão  para uma nova vida com Ele.


Na pregação de Pedro no Dia de Pentecostes, ele conclui com um chamado para as pessoas se arrependerem (Atos 2:38): “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” O Apóstolo Paulo, também, foi muito enfático durante as suas pregações, ressaltando que todos deveriam, de fato, se arrepender, pois Deus iria julgar os homens pelos seus pecados.

Disse que muitos estão se arrependendo e se convertendo ao evangelho, mas que, ultimamente, uma verdadeira conversão está se tornando algo raro dentro das igrejas. A impressão que dá, é que o  evangelho pregado nas igrejas não possui mais “sabor”.  

Observamos que muitos cristãos não estão se arrependendo, verdadeiramente, de seus pecados e não aceitam mais serem confrontados pelas suas lideranças pastorais. Não perdem perdão e acabam afrontando os seus líderes. Além disso, transferem-se para outras igrejas, evitando o arrependimento e o perdão.

O Pr. Adílson Henrique enfatizou que a mensagem pregada por João Batista é muito pouca pregada nas igrejas, pois muitos a consideram muito “dura”, conforme descrita em Mateus 3, 7 a 8: “E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”.

Falou, também, que as pessoas buscam muito a Deus em tempos de crise. Aqueles que estavam distantes voltam a frequentar as igrejas, como se estivessem procurando um local, a fim de que possam estar mais seguras. Mas, não por causa de um arrependimento genuíno, por meio da confissão de pecados.

Tem gente que está dentro das igrejas, mas não se perdoa, bem como não perdoa o seu irmão. O verdadeiro arrependimento envolve transformação e reconhecimento do seu estado de mazela. Na verdade, só há transformação quando há o toque do Espírito Santo de Deus, que a convence do pecado praticado. Quando isso ocorre, tudo que não está de acordo com o padrão de Deus, é deixado de lado na cruz do Calvário.

Nesse contexto, percebemos que muitos reconhecem os seus erros, mas acabam cometendo-os novamente. O erro é contínuo! Parece que muitos estão brincando com o evangelho. Isso não é uma conversão, pois não houve uma mudança gernuína de comportamento, de hábito e de vida. Lamentavelmente, não observamos isso dentro das igrejas, de uma forma generalizada.

No contexto geral, muitos estão se associando às igrejas por causa do medo de alguma crise que está sendo vivenciada, achando que na igreja elas estariam mais seguras e supridas por Deus, mesmo que não houvesse uma conversão verdadeira. O arrependimento não envolve associação a entidades religiosas, mas, sim, a um reconhecimento de conversão genuína diante do Senhor. Ou seja, o reconhecimento do amor imensurável e  inagualável de Deus.

Não podemos estar dentro das igrejas, apenas como opção gospel, pelo lado social ou somente para fazer parte de um grupo. Não é mudar de aparência, mas algo do fundo do ser, de nossa essência, mas que somente o Espírito Santo pode mudar.

Mais grave ainda é saber que, apesar de muitos estarem se batizando e se convertendo, muitos cristãos “cascudos”, que já estão na igreja há muitos anos, estão se esfriando na fé. Muita coisa precisa melhorar nas igrejas, pois se não fosse a ação do Espírito Santo de Deus, muitos já teriam se desviado.

O Pr. Roberto Inácio disse que esse tema é muito importante, em virtude do tempo que estamos vivendo na terra. Mas, deixou claro, que ainda é tempo de arrependimento e conversão, que depende de uma ação do Espírito Santo no interior das pessoas. Destacou que a tristeza e o remorso não traz um arrependimento genuíno.

Ressaltou, então, Hebreus 12, 17: “Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou”. Naquela ocasião, o rei Saul não conseguiu a sua bênção, mesmo que houvesse tristeza e derramar de lágrimas. Muitos olhavam para ele com sentimentos de remorso, dizendo: “coitado”. Deus sonda os nossos corações e vê se realmente estamos nos arrependendo de nossas transgressões.

O Apóstolo Paulo diz em 2 Coríntios 7,10: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte”. Quando Deus opera em nossas vidas vem o verdadeiro arrependimento e algo acontece no mundo espiritual. Mas a tristeza do mundo e o remorso das pessoas não trazem nada, mas, sim, a morte. O princípio da conversão está no arrependimento.

O Pr. Aílton Siqueira disse que vivemos tempos difíceis. Há muita dificuldade por parte de muitos para alcançar o arrependimento. A palavra de arrependimento tem sua origem na palavara “metanóia” que significa mudança essencial de pensamento ou de caráter. Essa  mudança de mente é que ocasiona a mudança de atitude. Quer saber se houve arrependimento e conversão, verifique se as suas atitudes são como eram antigamente!

A questão do arrependimento é gerada pelo Espírito Santo, por meio do conhecimento da palavra de Deus. Através dela saberemos o que é correto ou não. Ou seja, somos direcionados para um tipo de conduta impressa por Deus.

Enfatizou a passagem bíblica em Lucas 15, 11 a 32, tendo em vista que nos ensina o que é, de fato, arrenpedimento. Aquela passagem retrata a história de um homem que tinha dois filhos. Um deles disse: “Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.

Mas, conforme podemos observar nos versículos de 17 a 21, houve um verdadeiro arrependimento daquele moço: “E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho”. Naquele momento, o filho tenta reatar a comunhão que possuía com o seu pai. O pai o recebe, pois percebeu que houve um verdadeiro arrependimento de seu filho.

Precisamos saber que Deus não converte ninguém, mas nos convence de todo o pecado. A conversão depende de nós, mas precisamos permitir que o Espírito Santo nos convença.

O Pr. Teodomiro deixou claro que Deus é o autor da salvação e, evidentemente, utiliza de ferramentas para o homem se arrepender verdadeiramente. Neste caso, a pregação do evangelho é fundamental para a salvação. No entanto, o evangelho que está sendo pregado nas igrejas deixa a desejar, pois muitos estão querendo algo “light”.
Estamos querendo um Deus que se adeque as nossas vontades, um evangelho de acordo com as nossas conveniências e uma bíblia em conformidade com aquilo que nós entendemos ou desejamos. Queremos estar, confortavelmente, vivendo conforme os padrões estabelecidos pelo homem e não por Deus, mesmo que seja uma vida de pecados.

Todos nós deveríamos nos converter a Jesus Cristo, por meio do arrependimento dos pecados, para que haja um novo nascimento. Ele transforma o homem e faz dele uma nova criatura. Se alguém está em Cristo, nova criatura é e, de fato,  houve uma mudança de mentalidade, pois mudou o seu coração.

Em Ezequiel 36,26 é dito: “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne”. O arrependimento e, consequentemente, a conversão do homem faz com que Deus nos dê um novo coração sensível e amoroso, retirando aquele coração “empedrado”, cruel, vingativo e nocivo.

O Pr. Eliel do Carmo fez o seguinte questionamento: “O que podemos fazer para ajudar essas pessoas que ainda não conseguiram se arrepender e alcançar a genuína conversão?

O Pr. Adílson Henrique disse  que falta a aplicação da verdade. A bíblica nos ensina em João 8,32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Só que, para isso,  temos que pregar e viver a verdade. Muitos desistem porque não tem assistência e se sentem acolhidas dentro das igrejas. Precisamos ser impactados pela verdade!.

No entanto, muitos ainda são resistentes a receberem a palavra de Deus. Mas, precisamos apoiá-los mesmo que tomem uma decisão ao final de suas vidas. No momento certo terão a sua oportunidade.

A pessoa precisa, também, produzir os frutos do Espírito Santo, quais sejam: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança. Precisa largar o que era e ter um novo comportamento diante de Deus.

Lamentavelmente, as pessoas entraram num casulo e não querem mais receber ajuda da igreja. Dizem que Já conhecem o evangelho, não permitindo serem ajudadas. Mas precisam saber que Deus as escolheu, conforme descrito em João 15, 15 a 16: “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda”.

O Pr. Roberto Inácio essa mudança de atitude é que faz a diferença. Arrependimento não é um simples ato de voltar atrás. É uma graça de Deus. Muitos querem se arrepender, mas não conseguem. Quando o Espírito Santo atua, o arrependimento acontece. Por meio disso, a pessoa é humilhada no seu íntimo. Lá dentro ela sofre, pois não deveria ter tido essa atitude. Esse sofrimento, essa tristeza vai gerar uma transformação em seu íntimo que acaba alcançando o seu exterior. Assim, ocorre a conversão. O que todos esperam do arrependimento é uma conversão genuína. É mudar de direção. Não perca a comunhão com Deus!

Será que o pecado no mundo está relacionado à ação demoníaca? Precisamos, então, de libertação ou arrependimento?

O Pr. Aílton Siqueira disse que as pessoas, desde a criação do mundo, tendem a transferirem a culpa para outrem, a fim de saírem ilesas diante de algumas situações. A grande verdade é que poucos tem a oportunidade de conhecerem verdadeiramente a palavra de Deus, através das pregações conduzidas nas igrejas.

Em Mateus 28,18 é dito: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. No entanto, mesmo que haja um esforço por parte das lideranças, as pessoas não tem interesse em ler a bíblia e, também, muitas igrejas não pregam a verdadeira palavra de Deus. É por meio, justamente, das escrituras sagradas que o homem será ajudado em sua conversão.

Por esse motivo, a importância do discipulado nas igrejas. Por meio dele, muitos serão ajudados a alcançarem a conversão. Muitos perceberão a sua mudança de atitude no trabalho, na família, na igreja, enfim, em qualquer lugar que estiver.

Outro ponto fundamental é a oração. Jesus ao longo de sua caminhada tinha uma vida de oração. É de suma importância para que não vivamos no domínio da carne, mas, sim, do agir do Espírito Santo de Deus. Não podemos fazer parte e sermos mais um na multidão. Precisamos ser diferentes e fazermos a diferença!

Será que somos convertidos de fato? Aquele que utiliza de engano, certamente, não permanecerá na casa de Deus.

O Pr. Teodomiro disse que aqueles que usam de engano, certamente não permanecerão na casa de Deus. Ele mesmo chegará a conclusão que aquele espaço não é dele. Em determinado momento, não subsistirá. Em Salmos 1 é dito:“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá”.

Precisamos ouvir o evangelho para se converter. Mas precisamos ter o prazer de estarmos diante de Deus. Não posso estar na igreja somente no tempo de crise. A igreja não salva! Quem salva é Jesus Cristo. Podemos até tentar enganar os nossos líderes e outras pessoas, mas não podemos enganar a Deus. Estejamos certos, que o arrependimento dos pecados é algo que precede a salvação.

Deus olha os salvos e os perdidos. Aqueles que nasceram de novo! Judas estava na igreja, vivendo de modo confortável e enganando a muitos. Não se arrependeu e se enforcou. Seu fim foi a morte. É um bom  exemplo para aqueles que estão dentro das igrejas e não se converteram verdadeiramente. Pedro também errou, mas se arrependeu e alcançou a mesericórdia de Deus sobre a sua vida. Não podemos enganar a Deus!

O Pr. Adílson Henrique disse que se a pessoa não estiver produzindo os frutos do Espírito Santo, não houve um arrependimento verdadeiro. Será que de fato nascemos de novo. Temos dúvidas de nossa salvação. Pessoas não mudaram. Uma das manobras mais difícies na vida, é de uma "conversão", tais como: de um carro numa avenida, de uma formatura, dentre outros. Precisamos ser repaginados por Cristo.

Resultado da pequisa nos mostra que 73% dos entrevistados ainda não teve um verdadeiro arrependimento.

Precisamos voltarmos para Deus, pois ainda há tempo de nos arrependermos e sermos, verdadeiramente, convertidos. Jesus nos ensinou que sem o arrependimento muitos estariam perecendo. Muitos estão próximos à fonte, mas estão morrendo de sede. Estejam próximos de Deus, pois o tempo está findando!

IADJAN, a igreja que ama você.

Se você quiser aprender um pouco mais sobre tudo aquilo que foi debatido, clique acesse "Debate Melodia" - link http://melodia.com.br/audios/debate-melodia/17

 

 

 

 


 
 
 

 

 

 

 

 

 

   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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