JOHN WESLEY - O Missionário itinerante

 

Por Marcelo Gameleira Correa, Londres - Reino Unido - 14Set2016

No segundo Domingo do mês de Setembro comemoramos o dia nacional de Missões. Por esse motivo, neste Artigo, estaremos aprendendo sobre a vida de John Wesley (1703-1791), considerado como o precursor da Igreja Metodista. A sua vida, marcada pela sua paixão por Deus, mexeu com a vida espiritual dos ingleses e com a estrutura social de seu País, num momento conturbado que a Inglaterra estava passando, em virtude da Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados e, por isso, surgiam muitos males sociais.

A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. John Wesley foi considerado um dos grandes heróis da fé, bem como um exemplo de Missionário itinerante, o que nos traz muitos ensinamentos e reflexões.

Atualmente, no Brasil, percebemos que, infelizmente, os mesmos problemas que afligiam a Inglaterra no Século XVIII, tais como: desemprego, violência generalizada, vícios e corrupção, estão sendo vivenciados pelo nosso glorioso País. Naquele período, na Inglaterra, muitas vidas foram transformadas, por meio da pregação do evangelho de Jesus Cristo, realizada pelo Missionário John Wesley. A Inglaterra, ao longo daquele período, desenvolveu-se de modo extraordinário. Na verdade, conseguiram se libertar de um período de escravidão e pobreza, podendo contemplar as bênçãos de Deus.
Hoje, a cidade de Londres é considerada o centro econômico do mundo.

O País é a sétima economia do mundo e foi o primeiro a se industrializar. Até hoje é considerado uma potência mundial, exercendo uma enorme influência mundial nas questões geopolíticas, além de possuir uma Monarquia bastante solidificada. Muitos aspectos chamam a nossa atenção, tais como: a riqueza cultural, o sistema de transporte, a infraestrutura existente, dentre outros. Aquela terra, certamente, foi abençoada por Deus e, hoje, colhe os frutos provenientes das sementes plantadas por todos aqueles levaram a fé em Jesus Cristo.

Naquela época, a Inglaterra estava sendo influenciada pela Igreja Anglicana. Era uma Igreja “Fria”, cujos sermões não conseguiam penetrar nos corações daquelas pessoas, comportando-se de modo apático. Além disso, muitos ensinamentos bíblicos eram deturpados, bem como achavam que a salvação em Cristo era por meio das boas obras e não pela fé em Jesus. Parecia que não existia o “primeiro amor”, fogo de grande intensidade em nosso íntimo, que coloca Jesus acima de todas as coisas. Muitas pessoas estavam dentro das igrejas, mas se desviando da fé.

No Brasil, a cada esquina, há uma Igreja Evangélica. Mas, será que como Cristãos temos uma fé genuína em Jesus? Por que o nosso País vivencia uma das maiores crises políticas e econômicas da história? Precisamos refletir sobre muitas coisas. Olhar para dentro de nós mesmos e perceber que algumas coisas precisam e devem ser mudadas. Qual o evangelho que estamos vivendo? Será que estamos influenciando positivamente pessoas? Ou sendo influenciado por uma Sociedade que, infelizmente, tem perdido os seus valores morais e éticos, e que não aceitam ou toleram mais os ensinamentos de Cristo?

O que podemos, então, aprender com a vida de John Wesley?

Ao final deste Artigo, poderemos refletir sobre a vida desse grande Missionário itinerante que pregou, ao longo de sua vida, mais de 40.000 sermões e caminhou mais de 250.000 milhas, a fim de levar o Evangelho de Cristo para praticamente todas as cidades da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Hoje, esses países fazem parte do Reino Unido. Em algum momento da história se uniram e, muito provavelmente, em virtude da palavra de Deus lançada no coração daquelas pessoas. Essa união trouxe para o Reino Unido uma enorme força econômica e política, que tem influenciado o mundo. É importante ressaltar que naquele tempo o sistema de transporte ainda era deficiente e as comunicações não tão desenvolvidas como no tempo atual. Por esse motivo, houve um esforço demasiado realizado por este Missionário, que se locomovia por longas milhas, a fim de pregar o evangelho, à cavalo.

John Wesley nasceu em 1703 e sua infância foi fortemente influenciada por sua mãe (Suzana), uma mulher bastante rígida e seu pai, Reverendo Samuel da Igreja Anglicana, considerado um pregador bastante severo do Evangelho. Sua mãe era filha de um pregador e se esforçava na obra de Deus. Durante a vida, Suzana Wesley seguiu o exemplo da sua mãe, passando uma hora de madrugada, orando e meditando sobre as Escrituras. Sua mãe tinha uma grande preocupação com a alfabetização de seus 19 filhos, de tal modo que John Wesley passava, diariamente, em média, 6 horas estudando, juntamente com os seus irmãos.

Qual a influência e o exemplo que temos deixado para os nossos filhos? Nossos filhos não podem ser dominados pelo mundo, mas, sim, pelos ensinamentos e princípios bíblicos. Para tal, necessitam estarem enxertados na videira que é Jesus Cristo. Em Provérbios 22,6: “Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele!”

Aos sete anos de vida, ele teria morrido em um incêndio em Epworth Rectory se não tivesse sido arrancado das chamas por um vizinho. Sua mãe dizia que ele era “um tição colhido do fogo”. Mais tarde ele teve a certeza de que tinha sido poupado por um propósito, servir a Deus. Historiadores dizem que esse incêndio foi algo criminoso praticado por aqueles que não aceitavam serem confrontados com a severa pregação de seu pai. Certamente, pregava a verdade!
A sua mãe, a partir daquele episódio, tinha a plena certeza que John Wesley era um escolhido de Deus para fazer a obra do Senhor. Era uma mulher tão dedicada à Palavra de Deus, que se lembrou da Passagem Bíblica em Zacarias 3, 1 a 2: “E ele mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor.

Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreenda, ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda; não é este um tição tirado do fogo?” Como pais, precisamos ter discernimento espiritual necessário para entender a vontade de Deus sobre a vida de nossos filhos. O inimigo sabe disso e tentará, a todo custo, impedir o propósito de Deus. Deus tem um objetivo para cada um de nós. Quando olhamos para as Escrituras Sagradas, relembramos, também, que Moisés foi retirado das águas do Rio Nilo, pois Deus tinha um propósito para ele, que era liderar e libertar o povo Judeu da escravidão no Egito e levá-los para a terra prometida em Canaã. Jamais deixe de investir espiritualmente nos seus filhos!

Suzana, sua mãe, sempre procurou ensinar-lhe o amor de Deus, conforme Deuteronômio 6, 5 a 7: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.”  Brote o amor de Deus no coração de seus filhos!

Em Eclesiastes 3, é dito: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Deus, no momento, certo usou a vida de Moisés e de John Wesley. Quantos anos já haviam se passado, quando Deus começou a usá-los espiritualmente? Não podia ser de qualquer maneira! Era necessário haver um preparo, um amadurecimento espiritual, busca de conhecimento ou outra capacidade, em conformidade com aquilo que Deus tinha para a vida de cada um deles.

Como Cristãos, somos escolhidos de Deus. Para cada um de nós, Ele nos dá um talento e nos capacita para realizar a sua boa obra. Por esse motivo, Ele tem um propósito especial para as nossas vidas, assim como teve com Moisés, José, David, John Wesley, dentre outros, e tem com cada um de nós. Muitas das vezes, não conseguimos compreender a sua vontade e seus propósitos, mas o inimigo sabe que somos escolhidos de Deus e que, por isso, tenta nos destruir para impedir o agir de Deus sobre as nossas vidas.

A Palavra de Deus em Isaías 54,17 diz: “Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justiça que de mim procede, diz o Senhor.” Deus é tremendo! Mesmo Moisés e John Wesley, quando crianças, não conhecerem as Escrituras Sagradas, Deus jamais permitiu que eles fossem destruídos por satanás. O inferno jamais poderá prevalecer sobre as nossas vidas! Não podemos deixar de crer nos planos de Deus, pois, a todo momento, o inimigo tentará nos provar o contrário.

Em 1726, com aproximadamente 23 anos,  foi estudar na Lincoln College em Oxford. Depois de ser pastor auxiliar em Wroote, Lincolnshire, de 1727 a 1729, ele voltou à Oxford não apenas para continuar seus estudos, mas também para começar a viver uma vida mais devota e santa. Era um jovem bastante dedicado e com uma mente brilhante que chamava a atenção de muitos.  Ele dominava pelo menos sete idiomas e desenvolveu uma visão verdadeiramente abrangente em todas as áreas da investigação. Quando ele voltou de Wroote para Oxford, ele assumiu a liderança de um grupo chamado Holy Club (Clube Santo), iniciado por seu irmão Charles. Lá era onde eles reforçavam a fé através do estudo das Escrituras e buscavam a santidade na vida de cada membro. Aproveitavam o momento para, também, estarem orando continuamente a Deus. Esse Clube possuía apenas três integrantes: John Wesley, Charles Wesley (seu irmão) e George Withefield.

Habilidades, talentos e dons são presentes dados por Deus a fim de que possamos usá-los para a honra e glória dEle. Deus deu algo especial para John Wesley: uma mente brilhante, o dom de falar diversas línguas e um senso de investigação, que o ajudava a compreender verdadeiramente as Escrituras Sagradas. Naquela época, o Evangelho estava sendo distorcido por grande maioria das lideranças eclesiásticas. Era necessário ter um senso de investigação e compreensão, para que alguns ensinamentos divinos fossem entendidos e ensinados, conforme a vontade de Deus.

John Wesley, em momento algum, lançou fora os talentos dados por Deus. Qual o talento que Deus tem te dado? Como você tem os usado? Eles têm sido aperfeiçoados? Lembrem-se da Parábola dos talentos, descrito em Mateus 25. Não podemos agir como aquele que não usou o dom dado por Deus e o escondeu na terra. Parece que ele conhecia perfeitamente essa Passagem Bíblica!

 

 

Em Josué 1,8: "Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido." Deus tinha um propósito para a vida de John Wesley, que era proclamar o Evangelho de Cristo para vários lugares da Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales. Mas, para isso, necessitava ser aperfeiçoado no conhecimento da Palavra de Deus. No Clube Santo, ele juntamente com seu irmão e George Withefield, estava estudando e meditando, diariamente,  na Palavra de Deus.

No entanto, não podia fazer de qualquer maneira. Havia necessidade da busca pela Santidade. A Bíblia diz em Hebreu 12, 14: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.Ser santo significa estar conectado com a vontade de Deus e desconectado com o pecado. A vontade de Deus está descrita em Sua palavra, a Bíblia Sagrada. É nela que encontramos as diretrizes para uma vida que agrada a Deus. A Bíblia diz que a santificação é obrigatória no nosso relacionamento com Deus. Não é uma opção a ser feita. Não é algo fácil, mas precisamos buscá-la continuamente.

John Wesley era um homem muito disciplinado. Tinha um momento reservado para meditação e estudo da Palavra de Deus, bem como para a oração. Como temos otimizado o nosso tempo em prol de Deus? Temos reservado algo para Ele? Mas, isso não era suficiente. Era necessário colocar a fé em prática. Será que vivemos apenas a letra do Evangelho ou, de fato, exercemos uma fé genuína em Cristo? Ele costumava a dormir às 9h da noite e acordava às 4h da manhã para meditação e oração. As pessoas que viviam juntamente com ele em sua residência eram obrigadas, diariamente, a estarem prontas às 5h da manhã para início do culto doméstico. Após esse momento de intimidade e busca ao Senhor, saía à cavalo para proclamar o Evangelho de Cristo. John Wesley viajou a cavalo e, quando mais velho, de carruagem aberta, cerca de 250.000 milhas. Frequentemente cavalgava com rédea solta, de modo a poder ler simultaneamente e dizia que poucos cavalos tropeçariam nestas condições.

O Clube Santo fazia muito mais do que refletir e orar. Eles iam às prisões levar a palavra de salvação aos prisioneiros. Embora eles fossem ridicularizados por seus companheiros de Oxford, de seu grupo de uma classe social mais baixa saíram homens que se tornaram importantes para aquele tempo, particularmente os irmãos Wesley, além de George Whitefield,  pastor anglicano itinerante, que ajudou a espalhar o Grande Despertar na Grã-Bretanha e, principalmente, nas colônias britânicas norte-americanas. Seu ministério teve enorme impacto sobre a ideologia americana. O modo de vida de John Wesley exigia jejuns periódicos, encontros regulares para estudo e auto-avaliação pessoal. Somente muito tempo depois foi que ele percebeu que seu grupo seguia mais a letra do que o espírito do cristianismo.

Em Gênesis 12, 1 a 3: “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

Em Mateus 28, 19 a 20: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”

Aqueles homens de fé, mesmo sendo muito criticados e difamos pelos seus colegas em Oxford, jamais deixaram de cumprir o “IDE” de Cristo, conforme Mateus 28. 19. Todos eles que se dedicaram à obra do Senhor foram abençoados, juntamente com aqueles que abriram o seu coração para a Palavra de Deus. Eles renunciaram ao seu “EU” e tiveram uma vida total voltada para Cristo. Saíram da sua terra, largaram tudo, para proclamar o Evangelho em locais mais longíquos do Reino Unido e América. Aqueles que aceitavam os ensinamentos de Cristo, foram abençoados grandiosamente. O mais interessante é que a pregação de John Wesley abriu as portas para que o Reino Unido se transformasse numa grande nação, deixando de lado todas as mazelas políticas, econômicas e sociais.

Em Mateus 16,24 a 25: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.”

Todos nós conhecemos a lei da semeadura, tudo que plantamos ceifamos no tempo certo de Deus. Se dedicar à obra de Deus de todo o nosso coração trará grandes desafios, mas a bênção de Deus sempre estará sobre nós. Seu nome será engrandecido, conforme dito em Gênesis 12,2. Mas, para tal, precisamos crer e continuar a nossa caminhada em Cristo.

No entanto, algo afligia a vida de John Wesley. Era um homem dedicado ao estudo da palavra de Deus, à oração, à meditação, à busca pela santidade, mas algo o incomodava que era a falta de uma fé genuína. Incrivelmente, não tinha tido ainda uma verdadeira conversão. Por esse motivo, vivia numa briga interna com o seu interior. Em 1735 grandes mudanças atingiram John e Charles Wesley. A sua verdadeira conversão somente ocorreu em 1738, após ter tido uma grande experiência com Deus.

O seu pai morreu e ambos foram para a colônia da Georgia, nos Estados Unidos, com a bênção e encorajamento de sua mãe. Lá foi uma prova para John, que entendeu que realmente não gostava muito dos índios e sua rigidez não era muito apreciada pelas pessoas da Georgia. Durante uma tempestade na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, durante uma grande tempestade, as crianças e os adultos morávios cantavam e louvavam ao nome do Senhor e Wesley vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que Deus não poderia justificá-lo mediante seus pecados e, por isso, constantemente temia a morte desde a sua juventude) predispôs a seguir a fé evangélica dos morávios. Retornou à Inglaterra em 1738. A sua fé, assim como a de Pedro, durante à tempestade (Mateus 14), foi colocada à prova!

John Wesley dizia: “Fui para a América converter os índios”, ele lamentou, “mas, oh, quem vai me converter?”.

Devemos apreciar a humildade de John Wesley, pois ele podia ser crítico o bastante consigo mesmo para parar suas atividades religiosas naquele momento e pensar que era um ministro experiente demais para examinar sua falta de fé. Peter Boehler, um morávio, deu-lhe a chave – pregar a fé até que ele a tivesse, e então ele pregava a fé. John Wesley lutou com sua falta de fé até 24 de maio, uma quarta-feira, em 1738, no famoso encontro de Aldersgate, foi quando ele teve uma conversão, uma profunda e inconfundível experiência de fé. Seu “coração foi estranhamente aquecido”. Seu coração estava aquecido e ardendo em chamas! Mesmo sendo criado no Evangelho, sua verdadeira conversão ocorreu somente com 35 anos de idade.

Poucos anos depois, John e outros membros do Clube Santo tiveram uma experiência poderosa de enchimento com o poder do Espírito Santo. No dia do Ano Novo, 1739, John e Charles Wesley, George Whitefield e outros membros do Clube Santo fizeram uma festa de amor (santa ceia) em Londres. 'Cerca de três da manhã, enquanto estavam orando, o poder de Deus caiu tremendamente sobre eles, a tal ponto que muitos gritaram de alegria e outros caíram ao chão (vencidos pelo poder de Deus). Tão logo recobraram um pouco dessa reverência e surpresa na presença do Senhor, começaram a cantar a uma voz: "Nós te louvamos, ó Deus; Te reconhecemos como Senhor"'. Este evento foi chamado de Pentecoste Metodista.

Importante notar que o derramar do Espírito Santo ocorreu, de fato, após ter tido uma conversão profunda e inconfundível por meio de uma fé inabalável. Às vezes, questionamos por que não somos enchidos pelo poder de Deus. Talvez, primeiramente, seja necessário haver uma transformação plena de nossas vidas, por meio da mesma fé que teve John Wesley. Tudo aconteceu por etapas em sua vida: evangelizado pelos seus pais, estudo mais detalhado das Escrituras, experiências práticas como Obreiro da Igreja e viagem missionária para a América, conversão genuína por meio da fé e, finalmente, ser enchido pelo poder sobrenatural do Espírito Santo de Deus. Agora, sim, estava pronto para cumprir o propósito de Deus na sua vida.

Infelizmente, existem muitas lideranças dentro das igrejas que ainda não tiveram uma conversão genuína. O que falta para a sua conversão? Por que não tem colocado a sua fé em prática? John Wesley possuía a sabedoria humana, mas ainda não tinha a mais importante que era a espiritual. Ele pôde observar a presença do Espírito Santos de Deus sobre a vida dos morávios. A presença do Espírito Santo de Deus nos traz paz e alegria.

Precisamos aprender com o conselho dado por Peter Boehler: “Pregar a fé até que a tenhamos verdadeiramente”. Quando a fé nascer dentro dos nossos corações, viveremos em paz e alegria, bem como seremos inundados pela presença do Espírito Santo de Deus.

Fé é a base da nossa vida Cristã, e com relação a Deus, tudo é baseado na fé. Pela fé somos salvos; pela fé somos curados; pela fé vencemos o mundo, ou seja, a fé é o meu meio de transporte para uma vida de vitórias e crescimento em Deus. Colocamos a nossa fé em ação quando superamos o medo, agimos em conformidade com o que cremos, decidimos louvar a Deus mesmo diante das dificuldades. John Wesley sabia que era necessário colocar a sua fé em ação. Precisava praticá-la.

Lembremo-nos de Pedro quando estava enfrentando, juntamente com os demais discípulos, uma grande tempestade num pequeno barco (Mateus 14). Jesus vinha caminhando sobre as águas e disse para Pedro: “Venha, não tenha medo!”. Pedro naquele momento tentou colocar a sua fé em ação. Os outros discípulos dentro do barco poderiam estar questionando-o por ter tomado aquela atitude. Pôde experimentar o sobrenatural de Deus! Uma experiência única, que os demais não tiveram a iniciativa ou coragem de realizar. Pedro andou sobre as águas em direção a Jesus. No entanto, após perder o foco em Cristo, desconcentrando-se com as dificuldades ao redor, começou a afundar. Com certeza, recebeu um grande ensinamento.

E você? Qual a experiência que tem tido com Deus? Como tem praticado a sua fé? Na verdade, muitos não tem ímpeto e fé para desafiar as situações adversas e ficam, sempre, esperando alguém resolver essas questões ou tomar a iniciativa. Você também pode ser um vencedor. Não repasse as suas responsabilidades para outras pessoas. Deus já nos capacitou! A vitória só depende de você!

Às vezes, somos profundos conhecedores da Palavra de Deus, vivemos apenas a letra do Evangelho, mas não possuímos fé suficiente para realizar determinadas obras, vencer as dificuldades, superar os nossos medos, enfrentar os desafios, dentre outros. O medo e a perda do foco em Cristo nos faz afundar, conforme ocorreu com Pedro. Muitos irão te questionar, assim como ocorreu com David, quando desafiou o gigante Filisteu. As difamções, calúnias, dentre outras formas de perseguição, farão parte do nosso dia-a-dia, a fim de nos desmotivarmos diante dos nossos propósitos.

John Wesley procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus. Após ter uma experiência com o Espírito Santo, John Wesley começou a pregar com entusiasmo e poder. Por isso a Igreja Anglicana o proibiu de pregar em suas igrejas. Pregava para todas as classes sociais. Especialmente, para os povos mais necessitados. Não fazia acepção de pessoas. Na mente dele, a Igreja é para todos, ricos ou pobres e brancos ou negros. John e Charles (seu irmão) passaram então a pregar sempre que lhes surgia a oportunidade. No entretanto tiveram muitos púlpitos fechados ao seu "entusiasmo" e falavam principalmente nas Sociedades londrinas e nos arredores da cidade.

Por esse motivo, dizia: “Eu considero todo mundo como a minha paróquia; em qualquer parte que eu esteja, eu considero que é certo e o meu sagrado dever declarar a todos que estejam dispostos a ouvir, as boas novas da salvação”. O lugar da sua pregação não era somente dentro da Igreja, mas em todos os lugares que ele andava. Devemos ser crentes não somente dentro da Igreja, mas principalmente fora, por meio do nosso exemplo de vida cristã. Às vezes, de forma indireta, pregamos por meio de nosso comportamento e atitudes. Não importa onde estejamos, devemos sempre declarar o amor de Deus.

 

Em Tiago 2, 8 a 9: “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores.” Geralmente, escolhemos as pessoas que iremos amar, bem como tratamos de modo desigual as pessoas, com favoritismo, parcialidade e injustiça. Isso é acepção de pessoas, considerado como pecado!

Naquela época, na Inglaterra, os mendigos não eram bem vindos dentro da Igreja. Uma das céleres frases de John Wesley: “Faça todo o bem que puder, por todos os meios que puder, de todas as maneiras que puder, em todos os lugares que puder, para todas as pessoas que puder, por todo o tempo que puder”. Isso exige um momento de reflexão, a fim de observarmos o nosso real comportamento com aquelas pessoas necessitadas que não tem nada para nos oferecer.

 

John Wesley tinha 37 anos de idade quando começou a viajar e pregar. Muitas vezes, as mesmas pessoas que precisaram de sua ajuda eram as mesmas que mais o perseguiam. Ele pregava em púlpitos até que eles fossem fechados para ele, e ele então pregava nos campos abertos. Nada podia impedir os seus propósitos diante de Deus. Estejam certos que aqueles que te perseguem são os que mais precisam conhecer o amor de Deus. Mas, isso ocorrerá por meio da sua vida. O Apóstolo Paulo foi um grande perseguidor dos Cristãos, mas foi alcançado pelo amor de Deus, dedicando-se integralmente ao Evangelho e  tornando-se uma grande referência bíblica.

John Wesley pregava três vezes por dia, começando às 5h da manhã, uma vez que os trabalhadores poderiam parar para ouvi-lo enquanto andavam para o trabalho. Além disso, jejuava, pelo menos, duas vezes por semana. Lembremo-nos que, naquela época, não havia um sistema de transporte eficiente, relativamente, como temos nos dias de hoje. Mesmo assim, questionamos o fato de estarmos na Igreja participando dos trabalhos de oração matinal, bem como uma assiduidade maior na Igreja, em virtude do nosso cansaço, motivado pelo desgaste físico diário. Podem ter certeza que o nosso cansaço físico é decorrente, muitas das vezes, de nossa falta de entusiasmo. Esse é o primeiro sinal que algo não vai bem com a nossa vida espiritual. O avivamento espiritual de John Wesley ocorreu somente em 1738. E você? Qual a sua motivação atual para a obra de Deus? Já teve um verdadeiro encontro com Cristo?

Algumas vezes ele andava 60 milhas (mais de 90 quilômetros) por dia à cavalo. As condições do tempo não importavam; ele fazia seu programa e o cumpria, não importavam as dificuldades. Ele fugia de uma multidão zangada pulando num lago gelado, nadava para fora dele e continuava a pregar novamente. E tinha uma certa habilidade de trazer as pessoas hostis para o seu lado. Jamais desistiu e perseverou até o fim.

Em 1741 foi para Gales do Sul, para o norte da Inglaterra em 1742, Irlanda em 1747, e Escócia em 1751. No total, foi à Irlanda quarenta e duas vezes e à Escócia vinte e duas vezes. Ele retornou à algumas cidades várias vezes. Houve ocasiões em que ele retornava anos depois de sua última visita e registrava que a pequena sociedade que ele ajudara ainda estava intacta e fiel. Ele examinava cada membro de cada sociedade pessoalmente para buscar crescimento espiritual e de fé.

O que Wesley pregava? Santidade, honestidade, salvação, boas relações familiares, vários outros temas, mas acima de tudo a fé em Cristo. Ele não pedia aos seus ouvintes para deixarem suas igrejas, mas para continuarem indo nelas. Ele lhes deu o refrigério espiritual que eles não achavam. Quando suas décadas de provação produziram décadas de triunfo, as multidões aumentaram. Ricos e pobres vinham para ouvi-lo falar. Ele desenvolveu redes de assistentes leigos. Suas exortações para viver perfeitamente em amor hoje parecem duras, mas considere os efeitos em suas congregações. Os xingamentos nas fábricas pararam, os homens e as mulheres começaram a se preocupar com vestimentas limpas e simples, extravagâncias como chá caro e vícios como o gim foram deixados por seus seguidores, vizinhos deram um ao outro ajuda mútua através das sociedades.

A corrente de ideias calvinistas, defendida pelo seu amigo George Withefield, dizia, naquela época, que a salvação de Cristo era somente para os escolhidos de Deus. John Wesley jamais concordou com ela, ressaltando que a salvação de Jesus Cristo é para todos aqueles que cressem no Salvador. Ou seja, ela vem por meio de nossa fé naquele que morreu na cruz do Calvário. Com ela, somos libertos de todo o sofrimento e do pecado.

Somos salvos por fé. Primeiro, precisamos escutar o evangelho – a boa nova da morte e ressurreição de Cristo (Efésios 1,13). Então, precisamos acreditar – confiar completamente no Senhor Jesus (Romanos 1,16). Isso envolve arrependimento, uma mudança de mentalidade sobre pecado e Cristo (Atos 3,19) e invocar o nome do Senhor (Romanos 10:9-10, 13). Não adianta achar que por ser uma pessoa boa que você será salvo.

Wesley ensinou tanto pelo exemplo como pelos seus sermões. Ele publicou muitos de seus textos para serem usados em devocionais e direcionou o lucro para projetos, como um local de ajuda para os pobres. Sua vida pessoal estava além de reprovação. Ele traduziu hinos, interpretou as Escrituras, escreveu centenas de cartas, discipulou centenas de homens e mulheres e manteve em seus diários um registro da energia investida, que dificilmente tem um rival na história ocidental. Sua maneira de falar na linguagem do homem comum teve um impacto imensurável no surgimento do inglês moderno, assim como os hinos de Charles Wesley tiveram um grande impacto na música com suas muitas canções sem mencionar a poesia da subseqüente era Romântica.

Mesmo tendo uma grande influência por onde passava, jamais foi corrompido pelo dinheiro. Tudo que recebia era aplicado na Obra do Senhor. A sua vida era bastante simples. Não precisava de muito para sobreviver com dignidade. Em 1 Timóteo 6,10: “Porquanto, o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e por causa dessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se atormentaram em meio a muitos sofrimentos”. Podia cobiçar o dinheiro, utilizando os dons dados por Deus, mas jamais deixou ser influenciado por essa ganância financeira.

Mas o impacto dos Wesleys nas classes mais baixas foi além de afetar seus hábitos de vida e modo de falar. John Wesley proveu uma estrutura religiosa que era local e pessoal, bem como fortemente moral. Sua teologia não tirava a liberdade e o direito de ninguém, pois qualquer um podia achar a graça de Deus para resistir ao diabo e ser salvo, se tão somente buscasse e recebesse. As sociedades que ele formou preservaram em seus estudos o foco na fé – uma fé que também levou a uma maneira de lidar com a realidade da vida das classes mais pobres. A religião não era só para os ricos, mas Wesley também não estava pregando uma revolta contra o anglicanismo.

Conforme dito anteriormente, a partir de 1738, quando ocorreu a verdadeira conversão de John Wesley, um grande avivamento começou. John Wesley começou, então, a pregar ao ar livre para multidões.  Os mais ricos ficavam sentados em seus coches e outros em seus cavalos. Alguns sentavam nas árvores e em toda parte o povo se reunia para ouvi-lo pregar. Todos eram às vezes levados a chorar, conforme o Espírito de Deus descia sobre eles. Seus cultos das 7 horas da manhã de domingo geralmente tinham de cinco mil a seis mil ouvintes. Ele falava sempre em voz calma e controlada, sem mostrar emoção, a fim de evitar o emocionalismo, conforme ocorre em muitas igrejas. Mas reconheceu também que o poder de Deus estava operando, convencendo e transformando pessoa após pessoa. Seu ministério foi muito parecido com o de Jesus Cristo, cujos sermões eram realizados ao ar livre para uma multidão de pessoas.

 

 

 

 

 

Aquelas pessoas estavam sedentas do amor de Deus. Em Mateus 11, 28 a 29 é dito: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Elas estavam indo ao encontro de Jesus, pois necessitavam de um refrigério e de serem saciadas pelo amor de Deus. John Wesly foi um instrumento usado por Deus para que aquelas pessoas pudessem se aproximar e conhecer mais do Senhor. 

Como ele conseguia atrair multidões, ele dizia: “Eu me coloco em chamas, e o povo vem para me ver queimar". O amor de Deus queimava o seu coração! Por isso, pregava com entusiasmo e fé.

O ministério de evangelismo do Wesley continuou a crescer, e ele começou a criar "sociedades de avivamento" nos lugares onde ele ministrava. Este grupos pequenos se reuniam para oração, encorajamento e estudo bíblico. No início Wesley encorajava os grupos a permanecer na Igreja na Inglaterra, mas diferenças com a igreja referente  ao seu estilo de pregação ao ar livre, sua mensagem de salvação pela fé, e sua utilização de leigos como pregadores e líderes das sociedades, levou ao estabelecimento da igreja Metodista. A Igreja de Wesley está situada na City Road, 49, em Londres – Reino Unido, onde morou John Wesley durante os seus últimos 11 anos de vida. Ele havia se mudado para esse local em Outubro de 1779. 

 John Wesley viajou pela Inglaterra e na Ámerica, e o fogo de avivamento se espalhou rapidamente. Em agosto de 1770 havia 29.406 membros, 121 pregadores e 50 zonas na Inglaterra e 4 pregadores e 100 capelas nos Estados Unidos. Quando Wesley morreu, no dia 2 de março de 1791, havia mais de 120.000 metodistas nas suas sociedades.

John Wesley morreu em 2 de março de 1791, cerca de três anos depois que seu irmão Charles morreu. Até seus últimos anos, ele colocou a mesma frase de abertura em seu diário, como fazia a cada ano no seu aniversário, agradecendo a Deus por sua longa vida e sua contínua boa saúde, afirmando que sermões pregados de manhã logo cedo e muita atividade ao ar livre o mantiveram em forma para a obra de Deus.

Desde o momento em que ele tornou-se livre de influências, exceto a de Deus, ele teve cinqüenta anos de serviço constante e fez um bem imensurável à Inglaterra através da perseverança, resistência e fé. Seu legado não se limitou ao seu século ou País, mas sobrevive até hoje na fé de milhões em várias igrejas ao redor do mundo.

Qual o legado que estamos deixando na sociedade e deixaremos para os nossos filhos?

A seguinte frase foi escrita em seu diário em 28 de junho de 1774:

“Sendo hoje meu aniversário, o primeiro dia do septuagésimo segundo ano, eu estava pensando como posso ter a mesma força que tinha trinta anos atrás? Que a minha visão esteja consideravelmente melhor agora e meus nervos mais firmes do que eram antes? Que eu não tenha nenhuma enfermidade da velhice, e não tenha mais aquelas que tive na juventude? A grande causa é, o bom prazer de Deus, que faz o que lhe agrada. Os meios principais são: meu constante levantar às quatro da madrugada, por cerca de cinqüenta anos; o fato de geralmente pregar às cinco da manhã, um dos exercícios mais saudáveis do mundo; o fato de que nunca viajo menos, por mar ou terra, do que 4500 milhas (mais de 6.750 km) por ano.”

John Wesley foi um grande soldado de Cristo que lutou, resistiu às adversidades, superou os desafios e perseverou até o fim de sua vida!

 

Ao finalizar este Artigo, certamente teremos muitos momentos de reflexão, mas gostaria de levantar as seguintes questões finais:

  1. Será que já  tivemos uma verdadeira conversão em Cristo?

  2. Caso afirmativo, qual o motivo de estarmos esfriando na fé e vivendo de forma apática espiritualmente?

  3. Certamente, a pregação de John Wesley influenciou e uniu a Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte numa só nação, o Reino Unido, transformando-a numa das maiores potências mundias. O que vemos, hoje, é que a manifestação do poder do Espírito Santo de Deus já não ocorre mais, como ocorria naqueles tempos. A Igreja está se esfriando e tornando-se apática. O mais interessante é que aquela união tende a se romper, ao longo dos próximos anos, em virtude dos últimos acontecimentos políticos, motivados pela sua saída da Comunidade Européia. Nesse contexto, será que a bênção de Deus está se afastando daquele povo, em virtude do pecado?

  4. O desemprego, violência generalizada, vícios e corrupção, dentre outras mazelas que estão ocorrendo no Brasil é fruto da falta de um verdadeiro avivamento espiritual? Será que podemos contornar essa situação no Brasil, conforme ocorreu na Inglaterra no Século XVIII?

  5. Como temos nos preparado espiritualmente?

John Wesley dizia: "Dai-me cem homens que nada temam senão o pecado, e que nada desejam senão a Deus, e eu abalarei o mundo."

Deus não precisa de muitos, mas, sim, de pessoas realmente avivadas para proclamar o Evangelho de Cristo. Será que Ele pode contar com você?

IADJAN, a Igreja que ama você!


 

 

 

 
 
 

 

 

 

 

 

 

     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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